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Bem-Estar

Perda Gestacional: Perguntas e Respostas

A perda gestacional é muito comum e afeta 15% das gestações no mundo. Neste post, respondemos as principais perguntas sobre o assunto. Confira!

Apesar de não ser um assunto muito comentado, devido ao luto e a todas as emoções que o envolvem, a perda gestacional é mais comum do que se pensa e acomete 15% das gestações no mundo todo.

Neste artigo, vamos responder as dúvidas mais comuns sobre o tema. Não deixe de conferir!

O que é a perda gestacional?

A perda gestacional é definida pelo óbito do feto na barriga da mãe. Nesse sentido, existe a diferença entre a perda gestacional precoce e tardia.

  • Perda precoce: acontece inesperadamente, desde o momento da fecundação até 20 semanas de gestação. Também conhecida como aborto espontâneo.
  • Perda tardia: ocorre inesperadamente, entre 20 semanas de gravidez e o parto. Também chamada de natimorto ou nascido morto.

Em ambos os casos, se a família desejar, pode ser emitida uma Declaração de Óbito para o sepultamento.

Quais são as causas mais comuns da perda do bebê?

Maioria dos casos de perda gestacional ocorre durante o primeiro trimestre, principalmente entre 8 e 12 semanas de gestação. As principais causas são:

  • Genética: quando o bebê não tem um desenvolvimento normal. Mais da metade dos abortos precoces acontecem por essa razão.
  • Hormônios: mulheres com períodos menstruais muito irregulares podem ter dificuldade em engravidar e, quando estão grávidas, são mais propensas a perder o bebê.
  • Coagulação do sangue: problemas com os vasos sanguíneos que fornecem sangue para a placenta.
  • Infecção: certas doenças infecciosas como a rubéola podem causar aborto.
  • Anatomia: Existem três causas anatômicas principais que levam à perda gestacional:
  • Se o colo do útero estiver fraco, ele pode se abrir à medida que o útero começa a ficar pesado. Essa condição é chamada de insuficiência istmo cervical.
  • Se o útero tem um formato irregular, pode não ter espaço suficiente para o bebê crescer (as principais anomalias uterinas são: útero septado, didelfo, bicorno e unicorno).
  • Miomas grandes podem levar ao aborto no final da gravidez.

Quais são os sintomas da perda gestacional?

Os principais sintomas de perda gestacional são:

  • Febre e calafrios.
  • Dor abdominal intensa, semelhante a uma cólica menstrual.
  • Perda de sangue vaginal, que pode ter uma coloração marrom no início.
  • Corrimento vaginal com odor desagradável.
  • Dor de cabeça grave ou persistente.
  • Ausência de movimento fetal por mais de 5 horas.

Perdi o bebê? Preciso fazer curetagem?

Em geral, a curetagem é indicada apenas a perda gestacional que ocorre até a 20ª semana de gestação, quando o embrião e o conteúdo endometrial não foram expelidos do útero.

Esse é um processo delicado que deve ser feito por um médico experiente para minimizar riscos. A fase pós-operatória imediata é simples, e a mulher fica internada apenas para se recuperar da anestesia.

O procedimento é realizado por meio de uma raspagem do endométrio, que cobre a cavidade uterina e onde o embrião é fixado, com a ajuda de uma ferramenta semelhante a uma colher chamada cureta.

A cureta é inserida por via vaginal sem nenhuma incisão, e o material coletado pode ser descartado ou enviado para análise.

Quando posso engravidar de novo?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as mulheres esperem 6 meses após um aborto espontâneo (ou seja, o que acontece até 20 semanas de gravidez) para engravidar novamente.

No caso dos natimortos, que perderam sinais vitais após 20 semanas de gestação, o intervalo deve ser de cerca de um ano para evitar desfechos adversos.

Como me recuperar desse acontecimento tão doloroso?

Para vivenciar o luto e concretizar a perda, é importante realizar rituais ainda no hospital. Se a família quiser, pode ter um momento com o bebê, tocando-o, conversando ou cantando para ele, buscando formar uma memória.

Busque pedir para a equipe do hospital fazer uma caixa, reunindo memórias do bebê como marcações de seus pezinhos em algum lenço e uma mecha de seu cabelo, por exemplo.

Se for possível, faça um funeral – neste caso, você pode escolher uma pessoa da família para resolver questões burocráticas. Práticas religiosas e cerimônias de despedida, como funerais, ajudam a família a concretizar o luto, pois a dor é enfrentada em conjunto.

É importante cuidar bem de si mesma nas próximas semanas e meses, buscando momentos de bem-estar, praticando atividade física regular, e principalmente, fazendo terapia.

Conversar com pessoas que já passaram por uma situação semelhante também é uma ótima ferramenta para superar o luto. Ouvir histórias parecidas, mesmo que venham de mulheres que você não conhece, te ajudarão a perceber que você não está sozinha e que elas encontraram uma maneira de superar a dor – e você também conseguirá. Os grupos de apoio são excelentes para isso.

 

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